sexta-feira, 15 de março de 2013

PARTICIPAÇÃO CIVICA

Participação cívica  é chamar a atenção dos outros para pontos de vista diversos, de forma a fomentar o raciocínio e a discussão, sempre com um objectivo único  melhorar as condições do maior numero de pessoas possível.



sexta-feira, 1 de março de 2013

CROWDFUNDING


Com a crise de crédito global, a desacelerar os empréstimos bancários até quase secarem, os empréstimos entre particulares estão a preencher o vazio, proporcionando o muito necessário financiamento de pequenas empresas e garantindo melhores retornos para os investidores.

Presentemente, essa revolução está a servir de tábua de salvação para muitas pessoas e algumas pequenas empresas.

Comecei a fazer empréstimos a estranhos – às dezenas.
Não sou louco, nem rico ou filantropo. Os empréstimos são minúsculos. As garantias são boas. Até agora, os devedores estão a cumprir os pagamentos e estou a obter um lucro que me dá muito jeito a mim e aos investidores.
E o melhor é que me sinto a fazer parte de uma revolução.
O setor bancário não oferece crédito, secou.
Oferece produtos com taxas muito baixas para as poupanças e exorbitantes para empréstimos, acrescidos de desagradáveis custos ocultos e comissões e taxas.
Os intermediários obtêm lucros colossais, especialmente quando são gananciosos e imprudentes. Quando o negócio corre mal, como inevitavelmente acontece, o contribuinte paga a conta.
Portanto, as alternativas são bem-vindas, como é o caso dos créditos cooperativos entre particulares, que colocam os que precisam de dinheiro diretamente em contacto com os que têm para emprestar (os quais cobram uma taxa pelo serviço).
Zopa, uma empresa britânica de empréstimos deste tipo, movimentou 260 milhões de libras (€310 milhões) desde que entrou em atividade, em 2005.
Umas centenas de euros para começar
Crowdfunding (tem um significado parecido com “autobanco” e soa como "banco fácil') oferece melhores condições, porque faz empréstimos a pessoas que não tem como aceder ao crédito.
Alguns agiotas cobram normalmente 50% por um empréstimo institucional sem garantias.
No Crowdfunding permite-se créditos a taxas muito mais baixas – o habitual não ultrapassam os 20%.
Trata-se de um bom negócio: a melhor taxa de poupança que consigo, num banco português, é inferior a 3% (e metade dos escassos rendimentos vai-se em impostos).
O Crowdfunding abriu-se a investidores de todo o lado.
Bastam umas centenas de euros, para começar.
Rendimentos variam com os riscos
Os potenciais clientes têm de convencer o credor da sua credibilidade.
“Fernandes”, por exemplo, é um engenheiro de telecomunicações que quer fazer obras em casa.
Precisa de 2000 euros de crédito a 24 meses. Pode pagar até 20%.
É solteiro e tem um salário de 2500 euros por mês.
A prestação para o capital e os juros será de 200 euros todos os meses.
Analisei as suas outras despesas (prestação do apartamento, leasing do automóvel e um cartão de crédito) e considerei que ele podia pagar essa quantia sem problemas.
Portanto, emprestei-lhe 2000 euros. Claro que recorri a dezenas de pessoas, assim mitiguei o risco.
Ele paga mensalmente.
Divido o dinheiro pelos investidores.
Por cada 1000 euros emprestados, cada investidor recebe 10 euros todos os meses, 120 ao fim de 1 ano.
Se algum empréstimo correr mal, vendo-o a uma agência de cobrança de dívidas.
A concorrência faz descer os custos de empréstimos.
Os rendimentos variam com os riscos.
“Helena” (secretária, com 600 euros por mês) queria 1000 para pagar um curso de língua Inglesa.
Estava disposta a pagar 35%, mas acabou por pagar apenas 20%, porque apareceram imensos credores interessados no empréstimo dela.
Dinheiro dos cumpridores cobre os atrasos
Algumas pessoas falham os pagamentos: uma média de 3%.
Mas as taxas de juros dos empréstimos que correm, bem mais do que compensam isso.
Até agora, três dos meus empréstimos atrasaram-se um pouco – mas o dinheiro dos cumpridores cobriu perfeitamente os atrasos.
O meu rendimento líquido médio é superior a 5%.
Até agora, emprestei 27000 euros a mais de uma dezena de pessoas, em montantes que variam de 500 e os 3000 euros.
Já me devolveram 5000 de capital e 2000 de juros. Também já recebi 100 euros de "penalizações".
Os custos de gestão do negócio são baixos: praticamente só para gestão do site de Internet e publicidade.

Talvez ainda seja demasiado novo e demasiado diferente este negócio.
Mas lembro-me quando disseram o mesmo acerca de outras invenções como Skype, Google, Messenger, Facebook, já para não falar de outros.