quarta-feira, 26 de junho de 2013

6 DOS ERROS MAIS COMUNS DOS INVESTIDORES

Poucas pessoas gostam de problemas.
Consequentemente, a tendência
natural, na resolução de problemas é
escolher a primeira solução disponível
e avançar com ela. A desvantagem desta
abordagem é que podemos avançar para
um abismo ou para um problema pior
que o anterior. Uma melhor estratégia
é tomar conhecimento das várias
alternativas, estudá-las em profundidade
e considerar as consequências prováveis.
Sabemos, no entanto, que não é assim
que a maioria dos investidores toma
decisões. O mais comum é seguirem a
última estratégia de que todos falam.
Em muitos aspetos, investir é como o
ténis. Ter um serviço arrasador ou um
backhand forte permitir-lhe-á ganhar
muitos pontos mas esta vantagem
desaparece com uma sucessão de duplas
faltas ou erros não forçados. No final de
cinco sets, o vencedor é habitualmente
o jogador que errou menos. Ser capaz
de lançar a bola para o outro lado da
rede, independentemente do que o
outro jogador faz, conta bastante para o
resultado final.
Investir é muito parecido. A menos
que saiba evitar os erros mais comuns
do investimento, os retornos serão
medíocres. Serão precisas muitas boas
ações para compensar apenas alguns
grandes erros.
Os mais frequentes erros dos
investidores são:
1. Tentar adivinhar o mercado
“Market timing” é um dos grandes
mitos do investimento. Não existe
estratégia que consistentemente consiga
prever quando devemos estar dentro
ou fora do mercado e alguém que diga
o contrário provavelmente quer vender
uma dessas estratégias...
Um exemplo simples pode ilustrar
o perigo de estar sempre a entrar ou a
sair do mercado. Segundo um estudo
da American Century Investments para
o mercado americano, se um investidor
tivesse suportado toda a turbulência dos
mercados no período de 1990 a 2005
(com os loucos anos 90 e a queda brutal
dos anos 2000 a 2002), 10.000,00
USD teriam crescido até 51.354,00
USD. Se tivesse perdido os 10 melhores
dias desse período de 15 anos, o seu
retorno cairia para os 31.994,00 USD.
Se tivesse falhado os 30 melhores dias
– um mês em 180 – teria conseguido
15.730,00 USD. Se perdesse os 50
melhores dias, perderia dinheiro e
os seus 10.000,00 USD originais só
valeriam 9.030,00 USD.
Se fosse possível adivinhar o mercado,
com modelos matemáticos ou outros,
pode apostar que já o teriam feito.
2. Tudo ou nada, jogo de sorte ou
azar
Ter em carteira ações arriscadas –
tudo ou nada – é o caminho certo para
o desastre financeiro. A matemática
insidiosa do investimento significa que
recuperar grandes perdas é muito difícil
– uma ação que caiu 50% precisa de
duplicar para voltar à estaca zero.
Encontrar a próxima Microsoft
quando ainda é uma pequena start-up
é extremamente difícil. É muito mais
provável encontrarmos uma empresa
que acabará por desaparecer, uma vez
que é muito difícil discernir qual é qual
quando a empresa está a começar. A
verdade é que muitas empresas pequenas
não fazem mais do que tentar sobreviver
– assumindo que não vão à falência.
Entre 1997 e 2008, por exemplo, 8%
das empresas do Nasdaq foram retiradas
de cotação. São cerca de 220 empresas
cujos acionistas sofreram pesadas perdas.
3. Acreditar que desta vez
é diferente
As quatros palavras mais caras no
investimento são “desta vez é diferente”.
A história repete-se e da mesma forma
que as bolhas rebentam, também depois
de mínimos nos mercados acionistas, as
ações recuperam sempre.
 Winston Churchil dizia “quanto mais
longe no passado olhares, mais longe
no futuro conseguirás ver”. Por isso,
desconhecer a história dos mercados
financeiros é uma desvantagem enorme.
As pessoas esquecem-se da natureza
cíclica das coisas, extrapolam até ao
excesso as tendências passadas recentes
e ignoram a probabilidade da reversão
para a média.
“A Morte das Ações”, um artigo
publicado na “BusinessWeek” em
Agosto de 1979 sinalizando uma
mudança tectónica no investimento, é
um bom exemplo. A base era a seguinte:
i) Sete milhões de acionistas tinham
abandonado o mercado de ações
desde 1970,
ii) As instituições que geriam
fundos de pensões foram autorizadas a
investir noutros ativos que não ações,
iii) Os fundos de investimento, até
então com cerca de 80% investido em
ações, estavam abaixo de 50%,
iv) Poucas empresas encontravam
comprador para as suas ações.
O artigo era tão negativo que quem
pensasse só por si diria: isto já não
pode piorar mais. A verdade é que
marcou a mudança: o início do maior
“bull market” da história. Quando os
preços estão tão baixos, as ações podem
começar a subir sem a ajuda de um
“bull market”.
Da mesma forma, quando as ações
estão caras, os preços podem ruir sob
o seu próprio peso. Em 1999, a revista
“Barron´s” colocava Warren Buffett na
capa e interrogava-se “Que se passa,
Warren?”. Nesse artigo, a “Barron´s”
lamentava a aversão de Buffett a ações
tecnológicas. Nos três anos seguintes o
Nasdaq, índice das ações tecnológicas
nos Estados Unidos, caiu mais de
60%, enquanto a Berkshire de Warren
Buffett subiu cerca de 40%.
Quando os preços sobem para níveis
além do céu, quer no mercado de
ações ou imobiliário ou outro, reina o
otimismo… Do mesmo modo, quando
os preços caem para níveis tão baixos que
as empresas transacionam a 60% do valor
de substituição dos ativos subjacentes e o
pessimismo está em máximos, é comum
aparecer um novo paradigma: as velhas
regras já não se aplicam.
O que, consistentemente, fornece
as fundações para esta insistência de
que o “jogo” mudou para sempre?
As quatro palavras mais perigosas do
mundo do investimento: DESTA VEZ
É DIFERENTE.
4. Apaixonar-se pelo produto
É muito fácil cair nesta armadilha.
Muitos pensaram que a Palm seria
um grande investimento depois de
terem adquirido, na altura do seu
lançamento, uma Palm Pilot. Parece
inteiramente lógico mas a realidade é
que grandes produtos não se traduzem
necessariamente em grandes lucros.
A Palm foi a primeira empresa a
inventar uma organizador portátil que
era relativamente fácil de utilizar e
barato mas o negócio da eletrónica de
consumo é muito exigente. As margens
são magras, a concorrência intensa
e é muito difícil conseguir lucros
consistentes.
Embora excelentes produtos
e tecnologias inovadoras sejam
importantes na avaliação de uma
empresa, nada é mais importante que os
fundamentos económicos e as vantagens
competitivas do negócio. A Palm
produziu um excelente aparelho que
milhões de pessoas compraram, mas, em
2001 e 2002, a Palm perdeu centenas
de milhões de dólares e, em meados de
2003, a ação tinha perdido 98% do seu
valor de entrada no mercado.
Quando olhamos para uma ação,
devemos perguntar-nos: este é um
negócio atrativo? Compraria a
totalidade da empresa, se pudesse? Se a
resposta for não, ignore a ação – mesmo
que goste muito dos seus produtos.
5. Entrar em pânico quando
o mercado está a cair
As ações são, geralmente, mais
atrativas quando ninguém as quer
comprar. A procura de validação – fazer
o que fazem os outros – é uma tentação
muito grande no investimento, mas
a história demonstrou repetidamente
que os ativos são baratos quando toda
a gente os evita. Como dizia Sir John
Templeton, “as alturas de pessimismo
máximo são as melhores para comprar”,
é quando os ativos transacionam por
muito menos do que o seu valor.
Anualmente, a Morningstar leva a cabo
diversos estudos sobre a performance de
vários fundos de ações. Analisando quais
os fundos que atraem mais dinheiro de
investidores e quais deles sofreram mais
levantamentos de capital, chega-se a uma
conclusão muito interessante: as classes
de ativos que todos detestam tiveram
melhores performances do que as que
toda a gente gosta.
Remar contra a maré exige um
conhecimento profundo, capacidade
de análise do que se está a comprar e a
vender e firmeza de carácter. Terá muito
mais sucesso como investidor se pensar
por si próprio e procurar pechinchas
nas partes do mercado que todos
evitam do que se investir nas ações ou
investimentos de que todos falam.
6. Ignorar a avaliação
Este erro veio assombrar muitas
pessoas nos últimos anos. Embora seja
possível que outro investidor pague,
no futuro, 50 vezes os lucros por uma
empresa que comprámos por 30 vezes
os lucros, esta aposta é muito arriscada.
Ou seja, se comprar uma empresa com
um PER de 30, isto significa que seriam
precisos 30 anos de lucros (assumindo
que se manteriam constantes) para
pagar o seu investimento. Importa
ainda dizer que avaliar uma empresa
é muito difícil e não há apenas meia
dúzia de indicadores a considerar. É
necessário levar em conta o histórico
de evolução dos resultados da empresa
e a sua comparação com os seus
concorrentes, para a identificação de
vantagens competitivas sustentáveis.
É fundamental ter a confiança de que
o balanço da empresa é seguro e que,
em caso de dificuldades, vai permitir à
empresa fazer face aos seus compromissos
e até poder investir para aproveitar
oportunidades. É importante analisar
a política de alocação dos resultados
da empresa, para verificar se financiam
as suas atividades com os capitais
gerados internamente; se remuneram
consistentemente os acionistas através da
distribuição de dividendos e recompras
de ações; e se fazem aquisições (se for o
caso) com critério.
Os dois motivos porque se deve
comprar uma ação é porque o negócio
subjacente tem grandes vantagens
competitivas e porque a ação vale mais
do que o preço a que está a transacionar
no mercado. Só desta forma garante
margem de segurança confortável e uma
rentabilidade mais elevada.
Se conseguir evitar estes erros,
conseguirá uma grande vantagem sobre
o investidor comum.
O que importa no investimento não é
o que as pessoas sabem, mas sim o que
elas realisticamente reconhecem não
saber. Um investidor precisa de fazer
muito poucas coisas certas desde que
evite grandes erros.


terça-feira, 30 de abril de 2013

OS PROJECTOS (Gestão)


OS PROJECTOS (Gestão)

Os projectos são cada vez mais parte do trabalho diário de muitas organizações, portanto a necessidade de gestores de projecto experientes e bem treinados está a aumentar, enquanto essas organizações reconhecem o valor dos gestores de projecto com um histórico de entrega de projectos complexos com sucesso.

Muitas organizações que alocam indivíduos com pouca ou nenhuma experiência e treino para um papel de gestor de projectos, geralmente têm uma má experiência com a sua gestão.

As organizações tem vindo a esforçar-se para melhorar a taxa de sucesso de seus projectos, empregando pessoas com as competências adequadas e qualificações, ou pelo treino dos seus gestores de projectos existentes.

Um relatório intitulado “A Situação do Treino de Gestão de Projectos” da PM Solutions revelou uma taxa média de melhora de 26% em oito métricas de projecto e desempenho do negócio devido a iniciativas de formação em gestão de projectos.

Qualificação profissional e de capacitação em metodologias de gestão de projectos internacionalmente reconhecidas, pode fornecer conhecimento valioso, dar aos clientes uma maior confiança nas habilidades dos gestores de projecto, e pode aumentar os salários dos gestor de projecto também.

Mas avançar na sua carreira em gestão de projectos requer mais do que adquirir as qualificações adequadas.

Você tem que apoiar a sua carreira com a experiência e qualidades de liderança, e ser comprometido com o desenvolvimento profissional contínuo.

E, acima de tudo, entregar projectos profissionalmente e com sucesso.

Concentre-se por isso, em 10 áreas-chave para se tornar um melhor gestor de projecto:

1. Mantenha o cliente e os stakeholders felizes:

O cliente do projecto e os stakeholders podem, ou não, ser as mesmas pessoas, dependendo do tipo de projecto.

Um stakeholder é frequentemente um executivo sénior ou guru técnico que tem um interesse em ver o projecto ser concluído de maneira bem sucedida porque a sua reputação pessoal ou a reputação da organização vai estar em jogo.

Não subestime a importância de ter o cliente e os stakeholders do seu lado.

O nível de satisfação dos stakeholders, ou clientes, com o resultado final do projecto é tão importante quanto ser um sucesso técnico ou um sucesso “no papel”, e talvez ainda mais importante.

2. Cumpra o cronograma:

Cada gestor de projecto experiente sabe que o cronograma estabelecido, na fase inicial de um projecto quase sempre passará por mudanças com o progresso do mesmo, mas é monitorizando a gestão, e adaptando o cronograma para atender situações de mudança que acabará por determinar, se o projecto é visto como tendo ficado dentro do prazo.

Há quase sempre alguma margem de manobra se o agendamento é tratado de forma eficaz.

3. Entregue qualidade:

A maioria dos projectos terá resultados práticos em várias etapas do cronograma, além do produto final, e são essas fases de entregas que começam a dar aos stakeholders e clientes uma indicação do quão bem o projecto está indo.

Desta forma o gestor de projecto pode garantir que cada entrega reflicta a qualidade que seria de esperar do produto final.

4. Controle o orçamento:

Há evidência nas pesquisas que, se a entrega final do projecto excede substancialmente as expectativas do cliente, então, o orçamento excedente pode tornar-se menos significativo; ou seja, o cliente reconhece uma distinção entre o sucesso da gestão de projectos, o sucesso técnico e o sucesso do negócio.

No entanto, cada gestor de projecto deve colocar ênfase em ficar dentro do orçamento definido em cada fase do projecto.

Quando o orçamento rebenta, a primeira opção deveria ser a de cortar algumas tarefas não essenciais, e só concordar com um aumento do orçamento a pedido do cliente.

5. Cumpra os requisitos:

Cada projecto deve ter um conjunto claramente documentado de requisitos.

De fato, como gestor de projecto é sua responsabilidade garantir que esse seja o caso.

É essencial que o projecto atenda a todos os requisitos, e também essencial que cumpra apenas os requisitos documentados.

Uma das maiores causas da ultrapassagem do orçamento ou cronograma é o aumento dos custos, onde as exigências gradualmente aumentam até o ponto onde elas são substancialmente maiores do que aquelas que estão definidas, e têm poucas hipóteses de ser concluídas dentro do cronograma e do orçamento disponível.

6. Gerencie os riscos:

Seria um projecto muito incomum se algo não desse errado em algum momento.

Por isso, se você pode antecipar os riscos potenciais antes que eles ocorram, então você poderá evitar diversos problemas.

Se você não pode evitá-los, pelo menos vai ser capaz de controlá-los porque eles não serão uma surpresa.

Cada projecto deve ter um plano de contingência para gerir os riscos previsíveis.

É um erro comum esperar que os riscos não ocorrem e assim não se preparar para eles, e, embora seja difícil prever todos os problemas, muitos riscos podem ser antecipados.

7. Entenda as dependências:

Uma dependência é uma tarefa que precisa ser concluída totalmente por um indivíduo ou a equipa antes de outra parte do trabalho poder ser iniciada.

Entender em detalhe como e porque a segunda parte da tarefa é dependente da primeira, é fundamental para o sucesso do projecto.

Quando uma dependência existe, e a primeira tarefa não é concluída, isto afecta negativamente a próxima tarefa e potencialmente mais tarefas, ou ainda, todo o projecto.

Por esta razão, é vital acompanhar cada dependência conhecida em todo o curso do projecto.

8. Comunique de forma eficaz:

A proliferação de e-mail como a alternativa para reuniões presenciais ou conversas telefónicas tem suas vantagens e desvantagens.

Embora a palavra escrita permita maior probabilidade de garantir que detalhes técnicos específicos sejam completamente compreendidos, o e-mail não permite o mesmo nível de relacionamento construção e desenvolvimento de confiança como a comunicação verbal faz.

Não deixe a comunicação por e-mail tomar o lugar da comunicação verbal, mas use-a como uma ferramenta adicional para uma boa comunicação.

9. Construa uma equipa comprometida:

Desenvolver o comprometimento em qualquer equipa de projecto vai colher grandes benefícios durante o curso do projecto.

Projectos realizados sem o compromisso total dos stakeholders e toda a equipa são muito mais propensos a falhar.

Mas estabelecer com clareza o trabalho necessário, com prazos realistas e expectativas transparentes, é um factor importante na qualidade do trabalho e, consequentemente, no sucesso de um projecto, então nunca deve ser subestimado.

10. Trabalhe de forma colaborativa:

Colaboração entre as equipas, departamentos ou empresas, mesmo diferentes, é muitas vezes necessária para grandes projectos corporativos.

Estas relações podem existir por escolha, mas também podem ser por necessidade.

Pode haver ressentimentos subjacentes e rivalidades entre os diferentes grupos, mas a cooperação é essencial para o sucesso de um prometo.

Envolvendo membros de todos os grupos no processo de decisão inicial e estágios de planeamento, ajudará a construir um espírito de equipa e aliviar qualquer hostilidade entre os grupos.

Procurar entender as emoções humanas envolvidas, e não apenas as habilidades, leva a uma melhor compreensão dos diferentes grupos e a relações de trabalho mais eficazes.

Ao concentrar a atenção nestas 10 áreas-chave e completando a experiência e as habilidades pessoais com cursos de gestão de projectos adequados, um gestor de projecto pode entregar projectos com mais sucesso e, consequentemente, avançar na sua carreira.



sexta-feira, 15 de março de 2013

PARTICIPAÇÃO CIVICA

Participação cívica  é chamar a atenção dos outros para pontos de vista diversos, de forma a fomentar o raciocínio e a discussão, sempre com um objectivo único  melhorar as condições do maior numero de pessoas possível.



sexta-feira, 1 de março de 2013

CROWDFUNDING


Com a crise de crédito global, a desacelerar os empréstimos bancários até quase secarem, os empréstimos entre particulares estão a preencher o vazio, proporcionando o muito necessário financiamento de pequenas empresas e garantindo melhores retornos para os investidores.

Presentemente, essa revolução está a servir de tábua de salvação para muitas pessoas e algumas pequenas empresas.

Comecei a fazer empréstimos a estranhos – às dezenas.
Não sou louco, nem rico ou filantropo. Os empréstimos são minúsculos. As garantias são boas. Até agora, os devedores estão a cumprir os pagamentos e estou a obter um lucro que me dá muito jeito a mim e aos investidores.
E o melhor é que me sinto a fazer parte de uma revolução.
O setor bancário não oferece crédito, secou.
Oferece produtos com taxas muito baixas para as poupanças e exorbitantes para empréstimos, acrescidos de desagradáveis custos ocultos e comissões e taxas.
Os intermediários obtêm lucros colossais, especialmente quando são gananciosos e imprudentes. Quando o negócio corre mal, como inevitavelmente acontece, o contribuinte paga a conta.
Portanto, as alternativas são bem-vindas, como é o caso dos créditos cooperativos entre particulares, que colocam os que precisam de dinheiro diretamente em contacto com os que têm para emprestar (os quais cobram uma taxa pelo serviço).
Zopa, uma empresa britânica de empréstimos deste tipo, movimentou 260 milhões de libras (€310 milhões) desde que entrou em atividade, em 2005.
Umas centenas de euros para começar
Crowdfunding (tem um significado parecido com “autobanco” e soa como "banco fácil') oferece melhores condições, porque faz empréstimos a pessoas que não tem como aceder ao crédito.
Alguns agiotas cobram normalmente 50% por um empréstimo institucional sem garantias.
No Crowdfunding permite-se créditos a taxas muito mais baixas – o habitual não ultrapassam os 20%.
Trata-se de um bom negócio: a melhor taxa de poupança que consigo, num banco português, é inferior a 3% (e metade dos escassos rendimentos vai-se em impostos).
O Crowdfunding abriu-se a investidores de todo o lado.
Bastam umas centenas de euros, para começar.
Rendimentos variam com os riscos
Os potenciais clientes têm de convencer o credor da sua credibilidade.
“Fernandes”, por exemplo, é um engenheiro de telecomunicações que quer fazer obras em casa.
Precisa de 2000 euros de crédito a 24 meses. Pode pagar até 20%.
É solteiro e tem um salário de 2500 euros por mês.
A prestação para o capital e os juros será de 200 euros todos os meses.
Analisei as suas outras despesas (prestação do apartamento, leasing do automóvel e um cartão de crédito) e considerei que ele podia pagar essa quantia sem problemas.
Portanto, emprestei-lhe 2000 euros. Claro que recorri a dezenas de pessoas, assim mitiguei o risco.
Ele paga mensalmente.
Divido o dinheiro pelos investidores.
Por cada 1000 euros emprestados, cada investidor recebe 10 euros todos os meses, 120 ao fim de 1 ano.
Se algum empréstimo correr mal, vendo-o a uma agência de cobrança de dívidas.
A concorrência faz descer os custos de empréstimos.
Os rendimentos variam com os riscos.
“Helena” (secretária, com 600 euros por mês) queria 1000 para pagar um curso de língua Inglesa.
Estava disposta a pagar 35%, mas acabou por pagar apenas 20%, porque apareceram imensos credores interessados no empréstimo dela.
Dinheiro dos cumpridores cobre os atrasos
Algumas pessoas falham os pagamentos: uma média de 3%.
Mas as taxas de juros dos empréstimos que correm, bem mais do que compensam isso.
Até agora, três dos meus empréstimos atrasaram-se um pouco – mas o dinheiro dos cumpridores cobriu perfeitamente os atrasos.
O meu rendimento líquido médio é superior a 5%.
Até agora, emprestei 27000 euros a mais de uma dezena de pessoas, em montantes que variam de 500 e os 3000 euros.
Já me devolveram 5000 de capital e 2000 de juros. Também já recebi 100 euros de "penalizações".
Os custos de gestão do negócio são baixos: praticamente só para gestão do site de Internet e publicidade.

Talvez ainda seja demasiado novo e demasiado diferente este negócio.
Mas lembro-me quando disseram o mesmo acerca de outras invenções como Skype, Google, Messenger, Facebook, já para não falar de outros.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

BLOG'S DEBAIXO DE OLHO

Gostava de deixar aqui alguns Blog's que tenho debaixo de olho, a lista é extensa, mas resume-se aos seguintes:

http://www.pedropais.com/

http://ab-logando.blogspot.pt/2013/02/bullying-do-passado.html

http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/

http://oinsurgente.org/

http://estadosentido.blogs.sapo.pt/

http://www.profblog.org/

http://derterrorist.blogs.sapo.pt/

http://blasfemias.net/

http://portugaldospequeninos.blogs.sapo.pt/

http://joshuaquim7.blogspot.pt/

http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/

http://31daarmada.blogs.sapo.pt/

Muito obrigado a todos!



sábado, 16 de fevereiro de 2013

PORTUGAL VALE A PENA - 2ª Parte


Artigo "Portugal vale a pena" de Nicolau Santos

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.

Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.

E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.

E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).

Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.

Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.

Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.

E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.

O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e AmorimTurismo.

E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.

Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.

Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.

Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso
In Revista Exportar

PORTUGAL VALE A PENA - 1ª Parte


(Com a devida vénia, passo a transcrever um texto de Nicolau Santos, com o qual me identifico)
«Eu conheço um país que em 30 anos passou de uma das piores taxas de mortalidade infantil (80 por mil) para a quarta mais baixa taxa a nível mundial (3 por mi.)

Que em oito anos construiu o segundo mais importante registo europeu de dadores de medula óssea, indispensável no combate às doenças leucémicas. Que é líder mundial no transplante de fígado e está em segundo lugar no transplante de rins.

Que é líder mundial na aplicação de implantes imediatos e próteses dentárias fixas para desdentados totais.

Eu conheço um país que tem uma empresa que desenvolveu um software para eliminação do papel enquanto suporte do registo clínico nos hospitais (Alert), outra que é uma das maiores empresas ibéricas na informatização de farmácias (Glint) e outra que inventou o primeiro antiepilético de raiz portuguesa (Bial).

Eu conheço um país que é líder mundial no sector da energia renovável e o quarto maior produtor de energia eólica do mundo, que também está a constuir o maior plano de barragens (dez) a nível europeu (EDP).

Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o primeiro sistema mundial de pagamentos pré-pagos para telemóveis (PT), que é líder mundial em software de identificação (NDrive), que tem uma empresa que corrige e detecta as falhas do sistema informático da Nasa (Critical)e que tem a melhor
incubadora de empresas do mundo (Instituto Pedro Nunes da Universidade deCoimbra)

Eu conheço um país que calça cem milhões de pessoas em todo o mundo e que produz o segundo calçado mais caro a nível planetário, logo a seguir ao italiano. E que fabrica lençóis inovadores, com diferentes odores e propriedades anti-germes, onde dormem, por exemplo, 30 milhões de americanos.

Eu conheço um país que é o «state of art» nos moldes de plástico e líder mundial de tecnologia de transformadores de energia (Efacec) e que revolucionou o conceito do papel higiénico(Renova).

Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial e que desenvolveu um sistema inovador de pagar nas portagens das auto-estradas (Via Verde).

Eu conheço um país que revolucionou o sector da distribuição, que ganha prémios pela construção de centros comerciais noutros países (Sonae Sierra) e que lidera destacadíssimo o sector do «hard-discount» na Polónia (Jerónimo Martins).

Eu conheço um país que fabrica os fatos de banho que pulverizaram recordes nos Jogos Olímpicos de Pequim, que vestiu dez das selecções hípicas que estiveram nesses Jogos, que é o maior produtor mundial de caiaques para desporto, que tem uma das melhores seleções de futebol do mundo, o melhor treinador do planeta (José Mourinho) e um dos melhores jogadores (Cristiano Ronaldo).

Eu conheço um país que tem um Prémio Nobel da Literatura (José Saramago), uma das mais notáveis intérpretes de Mozart (Maria João Pires) e vários pintores e escultores reconhecidos internacionalmente (Paula Rego, Júlio Pomar, Maria Helena Vieira da Silva, João Cutileiro).

O leitor, possivelmente, não reconhece neste país aquele em que vive ou que se prepara para visitar. Este país é Portugal. Tem tudo o que está escrito acima, mais um sol maravilhoso, uma luz deslumbrante, praias fabulosas, ótima gastronomia. Bem-vindo a este país que não conhece: PORTUGAL.»

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O CANHÃO DA NAZARÉ

Isto também é economia!

Estas noticias, por vezes fazem mais pela nossa economia, do que as campanhas publicitarias feitas nos exterior pelo estado e turismo de Portugal.

Viva o Canhão da Nazaré e a coragem do Garret Mcnamara!!!


VER:
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/garrett-mcnamara-ultimas-noticias-tvi24-ondas-nazare/1414698-4071.html


sábado, 26 de janeiro de 2013

FERNANDO PESSOA E OVO DE COLOMBO


Fernando Pessoa, mais conhecido pela sua poesia, publicou textos relativos ao comércio e à psicologia económica.













Fernando Pessoa
Revista de Comércio e Contabilidade,
Lisboa 1926

Para mim, foi um visionário na sua época, muitas vezes incompreendido, tal como outros e que nós Portugueses não aproveitamos devidamente. Diria mais, Fernando Pessoa, esteve no seu tempo e para o seu império (sim Portugal ainda era um dos maiores Países do Mundo) como Steve Jobs ou Bill Gates estiveram para os Estados Unidos nas últimas décadas.

Senão vejamos uma pequena afirmação sua nesse texto que podem procurar na integra para leitura atenta:

"Um comerciante, qualquer que seja, não é mais que um servidor do público, ou de um público; e recebe uma paga, a que chama o seu “lucro”, pela prestação desse serviço. Ora toda a gente que serve deve, parece-nos, buscar agradar a quem serve. Para isso é preciso estudar a quem se serve — mas estudá-lo sem preconceitos nem antecipações; partindo, não do princípio de que os outros pensam como nós, ou devem pensar como nós — porque em geral não pensam como nós —, mas do princípio de que, se queremos servir os outros (para lucrar com isso ou não), nós é que devemos pensar como eles: o que temos que ver é como é que eles efetivamente pensam, e não como é que nos seria agradável ou conveniente que eles pensassem."

Vamos então tentar compreender o que ele nos disse, tendo sempre presente, que existem dezenas de interpretações possíveis:

- Um comerciante, qualquer que seja; fabricante, empresa, serviço publico, estado, pequena loja ou até um clube de futebol; não é mais que um servidor do publico, ou de um publico; introduz desde logo um conceito praticamente desconhecido a época, o de segmentação ou estratificação de mercado. 

- Introduz ainda o conceito de estudo de mercado e de adequação da produção ao consumidor; para isso é preciso estudar a quem se serve; mais do que a produção em série do principio do século XX, em que a escassez de produtos era tão grande, que tudo se encontrava vendido a partida, não sendo necessário qualquer tipo de marketing, uma vez que a procura superava a oferta. 

- Em meados da década de 50 as coisa começaram a mudar e hoje temos já um consumidor exigente, que sabe aquilo que procura e exige produtos, não se ficando apenas pela aceitação daquilo que é produzido. Uma das poucas excepções, foi nos últimos tempos a Apple, uma vez que criou produtos que os consumidores desconheciam e nem sequer sentiam a sua necessidade.

- Chamo ainda especial atenção para esta pequena inscrição entre parêntesis; para lucrar com isso ou não; introduzindo aqui mais um conceito de modernidade, a filantropia, a solidariedade, o altruísmo, enfim a ajuda aos outros, ao próximo.

Em resumo, segmentação, estudos de mercado, visão estratégica, missão, processos, pessoas, preço, objectivos, controlo, valores, está tudo resumido neste pequeno paragrafo, que muitos gestores e governantes do nosso deviam ler e aplicar no terreno, para não cometerem tantos erros de gestão como nos temos vindo a aperceber nos últimos tempos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O OURO LIMIANO


A Industria:
            Vários amigos meus têm-me desafiado a escrever sobre este tema. Sou daqueles que não gosta do impacto visual negativo nas montanhas de Arcozelo. Mas isso não basta, há que procurar ir mais longe na procura da Verdade.
            É verdade que para quem visita Ponte de Lima, não é agradável á vista, olhar para as montanhas em frente do Passei 25 de Abril ou do Largo de Camões.
            Mas um Povo não vive só de paisagem!
            Sou dos que defendem, que mais do que defender a natureza, é preciso defender em primeiro lugar o ser Humano, como parte integrante da mesma. “Não basta pensar nos passarinhos e depois os homens não tem que comer” – costumo dizer.
            Uma das primeiras perguntas que coloquei a mim mesmo, foi a seguinte:
            - Será que as Empresas que trabalham nesta área, tem consciência do impacto ambiental do seu negócio?
            Descobri que sim, mesmo as mais pequenas, mas sobretudo nas empresas de maior dimensão, todas me confirmaram que essa consciência existe. Na realidade o problema é bem outro.
            - O que é feito realmente para reduzir esse impacto?
            Todas as Empresas que extraem granito em Arcozelo, possuem uma licença de exploração, mesmo que provisória. Os terrenos são propriedade da Junta de Freguesia e portanto arrendados.
            Trata-se portanto de uma Junta de Freguesia (agora vila de Arcozelo), com vastos recursos económicos, fruto desta exploração. Será que estão a ser usados da melhor forma? Não me compete a mim essa avaliação. Os seus habitantes, terão oportunidade de o fazer no próximo ano, aquando das eleições autárquicas.
            Por outro lado, foi a procura do impacto económico desta indústria no nosso concelho. Descobri que é muito elevado, perto de 10% do mesmo, vem diretamente daí. É responsável ainda por cerca de 500 postos de trabalho diretos. Isto é muito importante, num concelho como o nosso, com baixos recursos ao nível do sector primário e secundário.
            Visitei a Feliciano Soares Granitos, uma das referências no sector e gostei do que vi. Uma Empresa moderna, empenhada em colaborar com os responsáveis, quer ambientais, quer económicos, ou mesmo políticos. Uma empresa que interage com a população e que procura constantemente novas soluções para os problemas que tem de enfrentar no seu dia a dia.
            O que descobri?
            Não é apenas o impacto visual, que produz impacto ambiental nesta indústria, existem outros problemas:
            - Os explosivos, os óleos, as lamas inertes, as águas contaminadas com as mesmas, o ruído, o pó, entre outros.
            Nesta área muito está já a ser feito, quer com os óleos, quer com as lamas inertes. A empresa que visitei trabalha em circuito fechado de águas. Para outras, mais pequenas, este é um custo elevado e por isso existe muito ainda para ser feito, de forma que os cursos de água não sejam contaminados.
            Os mapas de resíduos e a certificação são muito importantes nesta área. A gestão deste tipo de resíduos é acompanhada pela RETRIA (http://www.retria.pt/) - Gestão e tratamento de resíduos da construção e demolição através da SEMURAL (http://www.semural.pt/).
A SEMURAL, S.A. é uma empresa que atua no sector ambiental, prestando serviços a entidades públicas e privadas, sendo especializada na gestão de resíduos industriais, resíduos de construção e demolição, manutenção de ETAR’s e na limpeza pública geral e está sediada em Braga.
Alguns dos problemas desta Industria:
Guerra de preços, redução do numero de obras publicas e privadas, com perca significativa do mercado Espanhol, um mercado natural, principalmente na Galiza, fruto do acentuar da crise económica no pais vizinho, aliado á própria conjuntura económica em Portugal, toda ela muito desfavorável.
Por outro lado, a concorrência desleal, com muitas pequenas empresas instaladas no terreno, sem o mínimo de condições e muitas vezes ilegais, do ponto de vista fiscal.
Custos de extração muito elevados e muito interligado com o preço dos combustíveis e da energia.
Polo industrial parado na freguesia de Arcozelo, embora com boas perspectivas futuras.
As muitas insolvências verificadas, quer ao nível dos pequenos clientes, mas muito mais significativamente ao nível dos grandes como foi o caso da FDO recentemente.
A incerteza política global, com constantes alterações legislativas, que não permite uma gestão coerente no longo prazo.
Oportunidades - Projetos Futuros:
Internacionalização aproveitando o QREN. A Procura de novos mercados. A Procura de novos produtos. A Implementação de tecnologias com vista a redução custos. A Criação de mobiliário urbano. A aposta na segmentação. A criação de um serviço de valor, com uma expectativa de qualidade superior para o cliente final. A associação ao mercado do segmento superior deste tipo de materiais, usados quer na construção, quer na decoração interior e exterior, fazendo valer a imagem percebida do produto, como um produto de excelência, com custo reduzido se levado em linha de conta a durabilidade e a manutenção, praticamente desnecessária.
Conclusão:
Em jeito de conclusão, foi com satisfação que descobri, que existe em elaboração um plano, na Dicção Regional de Economia do Norte, através do Ministério da Economia, que visa a requalificação ambiental futura dos espaços que agora se encontram em exploração e que vem exigindo cauções e garantias bancárias ás empresas exploradoras, com vista a garantir o financiamento futuro desses trabalhos.
O senão deste plano é que se prevê que a extradição de granitos possa esgotar apenas daqui a 30 a 40 anos, o que quer dizer que o impacto visual negativo, veio para ficar e teremos de saber viver com ele nos próximos anos, até porque esta é uma excelente noticia para a economia do concelho de Ponte de Lima.
Cabe aos Limianos, continuar a busca por novas atividades, que possam continuar a garantir a sustentabilidade económica de todos, na certeza que o Turismo e as suas atividades complementares, continuarão a ser estruturantes no futuro para a garantia das mesmas.